Douglas Protázio

27 de nov de 20232 min

SES alerta para cuidados com picada de escorpião durante período chuvoso

As regiões administrativas mais afetadas por esses acidentes são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião

Imagem: reprodução

Nos últimos anos, o Distrito Federal tem enfrentado um crescimento alarmante nos casos de acidentes causados por escorpiões. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), de janeiro a outubro de 2023, foram registrados 2.360 casos na região, evidenciando um aumento preocupante desses incidentes.

O biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES-DF, Israel Martins, aponta para múltiplos fatores que contribuem para essa situação. O crescimento desordenado das cidades e a ocupação irregular do solo têm gerado mais esconderijos e fontes de alimentação para os escorpiões, elevando os riscos de encontros entre humanos e esses animais peçonhentos.

As regiões administrativas mais afetadas por esses acidentes são Planaltina, Ceilândia, Samambaia e São Sebastião, exigindo cuidados redobrados por parte dos moradores.

O contato com a Secretaria de Saúde pelo número 160 é a primeira ação recomendada ao encontrar um escorpião, possibilitando a rápida captura do animal. Em casos de picada, a pronta resposta é fundamental para minimizar possíveis sequelas ou até mesmo óbitos. Lavar o local da picada com água e sabão e buscar atendimento médico imediato, se possível com o animal causador, são medidas cruciais. Em situações de emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192) ou o Corpo de Bombeiros (193) devem ser contatados.

O Distrito Federal conta com 11 unidades de saúde equipadas com soro antiveneno para tratamento. Essa disponibilidade é crucial para assegurar um pronto atendimento às vítimas.

Com a falta de inseticidas eficazes para controlar esses animais no perímetro urbano, a prevenção torna-se o melhor caminho. Evitar o acúmulo de lixo, entulho e materiais de construção próximo às residências, manter a limpeza de móveis, cortinas, quadros, cantos de parede, jardins e quintais, além de vedar frestas e buracos nas construções são medidas recomendadas.

A preocupação se estende à presença de roedores e insetos, pois eles são fonte de alimentação para os escorpiões. Ações preventivas são necessárias tanto por parte da população quanto das inspeções realizadas pela Secretaria de Saúde, a partir da identificação de áreas infestadas e das demandas da comunidade.

Nesse cenário, a conscientização e ações coletivas são cruciais para mitigar os riscos associados aos escorpiões no Distrito Federal.

Por Douglas Protázio, com informações da Agência Brasília

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